segunda-feira, 11 de abril de 2011

O dia de Jesus


Abertura: Shane & Shane - Saved by Grace - Ouvir música>>


Uma imagem que tenho gravada na minha memória dos tempos de criança, assistindo filmes na TV em casa depois da escola, sessão da tarde, antes da hora de fazer o dever de casa, bastante usada em filmes das décadas de 70 e 80, é aquela cena clássica em que no dia da formatura universitários lançam para o alto o chapéu preto ou o diploma enrolado, amarrado com uma fita vermelha.
Cada cineasta retrata a seu modo esta cena, mas em geral não deixam de usar aquela câmera que filma lá de cima e registra o momento em que os chapéus ou canudos atingem o ponto mais alto, e a alegria dos formandos geralmente posicionados no topo de uma escadaria ou em cima de um palanque. Justamente esta mesma imagem me veio à mente quando quis buscar alguma coisa que pudesse ilustrar o sentimento pelo qual fui tomado no dia em que entendi que Jesus perdoou os meus pecados.
Na verdade chamo atenção para esse dia pois ficou marcado como "o dia", ainda que várias ações de Cristo tenham ocorrido ao longo de meses para que eu pudesse chegar até ali. Desde a luz resplandescente do dia da decisão e a retirada do peso do mundo de sobre os meus ombros, os primeiros passos na caminhada sentindo e percebendo a presença de Jesus ao meu lado, me sustentando, ou mesmo o desejo de carregar com ele a cruz e participar de seus sofrimentos em contraste com o peso da "lei" na batalha interior do novo e neófito homem contra o já enfraquecido, porém relutante, velho homem interior, até o momento em que a graça tomou de fato o trono que antes era ocupado pela lei e como resultado se estabeleceu a certeza do perdão que então explodiu num momento de grande alegria, eu diria, até de euforia.
Me lembro de estar andando na rua, com minha mochila nas costas e em um determinado momento em que senti de Jesus todo o seu amor e perdão, e a certeza deste perdão transbordante me levou a comemorar quase como uma criança, ou melhor, como aqueles formandos lançando seus chapéus ao alto, pelo objetivo conquistado, no meu caso conquistado por Cristo para mim, lancei a mochila para o alto, num gesto que pudesse expressar minha grande alegria e comemoração pela liberdade. Naquele momento era como se aquela câmera especial estivesse filmando lá de cima e registrando a alegria de um coração que já não era o mesmo e que de fato jamais seria o mesmo novamente, pois a alegria do Deus que perdoa pecados passou a habitar nele.
Essa alegria continua lá, ela é o sinal do abastecimento eterno do relacionamento de Deus com um pecador arrependido, ela está sempre disponível através da fonte que jorra para sempre. Não preciso mais voltar ao poço para buscar essa água, a fonte veio habitar na minha vida. Ou como diz uma das mais famosas e cantadas canções até o dia de hoje "Oh happy day - oh happy day - when Jesus washed my sins away" - "Que dia feliz, que dia feliz, quando Jesus lavou de mim os meus pecados". Posso cantar com tão viva emoção pois esse dia continua reverberando dentro mim, e reverbera para a vida eterna. Quero sempre poder me lembrar do dia, dos dias, dos meses, dos anos de Jesus, pois são todos dele, e daquele dia em especial que ficou marcado. Quando perceber que a alegria está esvanecendo, saber que o acesso é rápido, que a fonte está sempre lá e que ela nunca irá secar. Não abrir mão daquilo de mais precioso que tenho a receber e que Cristo tem para dar. Lembrar que Jesus perdoou os meus pecados antigos e que está sempre pronto a perdoar. Que bom saber que ele perdoa os meus pecados.